Para a felicidade dos presentes
Ao nascer, Luanda chorou.
E seu choro se deslocou pelo ar
Percorrendo a sala do parto
Até conseguir se infiltrar pelos corredores do hospital
E escapar.
Luanda cresceu.
Chorou outras muitas vezes
Deu bastante gargalhada também.
Pronunciou poucos nomes (incluindo o meu).
Bocejou
Acenou rapidamente alguns adeuses
E depois de assoprar oitenta e sete velas
Soltou um suspiro de resignação.
Por favor, não culpem Luanda.
(As cortinas continuariam balançando)
Ela não sabia
Quem poderia saber
Que um tornado devastador
Seria causado por ela?
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